segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Foda-se! Eu não sei falar sobre morte.



Bom dia, boa tarde, boa noite pessoas felizes que visitam o meu blog! Venho, através deste post, escrever sobre algo que eu não sei falar: a morte. Mas talvez escrevendo, eu consiga me posicionar de uma maneira mais compreensível.
Bom, em meio a tanto sensacionalismo jornalístico e meu próprio choque, hoje, eu quero falar sobre a tragédia ocorrida em Santa Maria. Sim, eu fiquei chocada. Triste mesmo. Juro que até derramei algumas lágrimas, pois, eu refleti na hipótese de ser a minha pessoa que pudesse estar lá. Eu, meus amigos, alguém da minha família, algum conhecido querido.
No domingo pós-tragédia, eu acordei perto das 13 hrs, de ressaca. Eu havia saído na noite anterior com o mesmo objetivo que muitos jovens daquela noite tinham: se divertir. Beber uma cerveja, curtir um som, estar com pessoas interessantes. E depois, voltar pra casa e deitar na minha cama, quente e macia. Eu consegui fazer isso. Eles não. Pra quem se salvou, a lembrança desta noite voltará a memória um quinquilhão de vezes. Para parentes e amigos de quem se foi, idem; além da dor e do vazio naturais da perda, talvez esses sejam muito maiores, devido à ocorrência catastrófica.
Eu demorei um pouco a me pronunciar pelo blog, porque já vi e li tanta coisa, que chegou a dar uma overdose de Santa Maria. Deve existir repercussão, mas será que é necessário ficar colocando o dedo na ferida e futucando na dor alheia? Já não está sendo suficiente para essas pessoas essa perda? Não basta perder, mas tem que passar todos os dias na banca de jornais pra trazer lágrimas e sofrimento novamente. A única coisa que essas pessoas querem no momento é conforto e paz. Duvido muito que consigam ter uma ponta disso com todos os meios de comunicação de massa ganhando dinheiro com a dor alheia.
Eu não sei falar sobre a morte. Quando alguém morre, eu prefiro ficar em silêncio, porque, acho que "meus pêsames" ou "sinto muito" coisas automáticas demais. Meu sentimento é maior que isso. Por isso, eu prefiro o silêncio.
Mas, voltando ao que eu quis começar a dizer, espero que todos os envolvidos e quem se sentiu envolvido nessa tragédia toda, possam, em algum momento, sentirem paz e estarem plenos. É difícil, tendo em vista que já perdi      pessoas e meus bichinhos de estimação de maneira trágica e difícil de engolir; e sempre voltam a cabeça, fazendo a dor voltar também. Mas é preciso seguir em frente. Com certeza não será a primeira nem a última vez em que a vida nos pregará peças; mas certa feita, li uma frase de Chico Xavier que dizia que não há mal que dure pra sempre, e eu acho que é bem por aí mesmo.


Beijos em luto.
Jay Monroe.

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